segunda-feira, 27 de julho de 2020

Atentado em Guararapes

AEROPORTO GUARARAPES
No dia 25 de julho de 1966, uma forte explosão fez tremer o saguão principal do aeroporto de Guararapes em Recife. A onda de choque despedaçou a sacada de vidro do saguão, fazendo que estilhaços fossem projetados em todas as direções... Pessoas feridas, desorientadas, mortas... Sendo arrastadas... Fumaça, destroços... Caos, pânico... Confusão..
Naquela manhã, um guarda-civil, responsável pela segurança do aeroporto, viu uma maleta abandonada próxima a livraria “Sodiler”. Pensando se tratar de pertence esquecido por algum usuário do aeroporto, a pegou com intuito de deixá-la no “achados e perdidos”. Grande erro. Nesse momento houve a explosão. Não houve treinamento antibomba.


O guarda-civil Sebastião Thomaz de Aquino perdeu uma das pernas. Duas pessoas que estavam próximas a ele foram mortas pelos estilhaços do artefato. Um jornalista que teve seu abdômen dilacerado e um militar que teve o crânio esfacelado. Várias pessoas ficaram feridas, em menor ou maior gravidade. Um advogado, uma professora, um funcionário público e uma criança. Ao todo foram, aproximadamente, 15 vítimas, entre mortos e feridos.


O ocorrido em Guararapes não foi ato isolado. Somente naquele ano foram sete atentados à bomba em Recife; tendo como alvos lugares como a Câmara Municipal, a Assembleia Legislativa, um órgão do governo americano e uma entidade de representação de estudantes.


Morreram o jornalista e secretário do governo de Pernambuco Edson Régis de Carvalho e o vice-almirante reformado Nelson Gomes Fernandes. O guarda-civil Sebastião Thomaz de Aquino feriu-se no rosto e nas pernas, o que resultou, alguns meses mais tarde, na amputação de sua perna direita, deformando grande parte do lado direito do seu corpo. O general Sylvio Ferreira da Silva teve fratura exposta, estourou um tímpano e perdeu quatro dedos da mão esquerda. Outras 12 pessoas contabilizariam os demais feridos no atentado.


Carlos Marighella ensinou o terror e hoje é visto por muitos como herói. Um embuste.
Houve atentados à bomba contra faculdades, cinemas, monumentos públicos, jornais, residências, empresas públicas e privadas, igrejas, autoridades públicas, dentre outros. Essa foi a resistência "democrática" que a intelectualidade brasileira diz ter havido durante o regime militar.

Texto Fonte; Sergio  Campregher.

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